sexta-feira, 30 de março de 2018

CULTO DA HORA NONA

Foi um momento de muita comunhão e ensinamento o Culto alusivo à morte do SENHOR Jesus. Foi celebrado à hora nona, momento em que Jesus esteve entregando seu espírito ao Pai. Falamos sobre a Páscoa e seu verdadeiro significado.




quinta-feira, 29 de março de 2018

PALESTRA SOBRE A PÁSCOA

No último dia 28 tivemos a grata oportunidade de expor sobre o verdadeiro significado da Páscoa aos alunos e servidores da Escola Municipal João Pedro de Araújo. Foi uma bênção.




domingo, 18 de março de 2018

VI ANIVERSÁRIO DA SAF IGREJA PRESBITERIANA DO JENIPAPO

Foi uma grande bênção. Seja louvado o nosso Senhor Jesus Cristo por Sua amada igreja que se reuniu para celebrar pelo seu 6º Aniversário. A Deus toda glória. Foi lindo, mui lindo. Nossa gratidão em primeiríssimo lugar ao grande Deus pela bênção e permissão, ao Conselho da IPB Lagarto pela segura orientação, aos irmãos que organizaram o lugar, às irmãs que providenciaram as refeições aos irmãos de Nova Descoberta e a todos que contribuíram. Tivemos participação da IPB Lagarto, da C. P. Jenipapo, Cong. Nova Descoberta, Projeto Ladeirinhas, irmãs da Assembleia de Deus do Povoado Jenipapo, Grupo Vida Abundante e a Palavra do SENHOR ministrada pelo Rev. Luciano Gusmão. SOLI DEO GLORIA!!
















segunda-feira, 12 de março de 2018

CULTO DE LOUVOR E ADORAÇÃO AO SENHOR COM SANTA CEIA

Culto mui abençoado na Igreja Presbiteriana do Jenipapo. Igreja cheia, podemos desfrutar da bênção do Santo Sacramento da Ceia do SENHOR, e os adolescentes apresentaram uma peça ilustrando a humilde atitude de Jesus lavando os pés dos discípulos. Glória a Deus.




domingo, 11 de março de 2018

A CONFISSÃO DE FÉ DA GUANABARA

Execução do 4º protomártire do Brasil, com a participação de José de Anchieta


A Confissão de Fé de Guanabara
por

Jean de Bourdel, Matthieu Verneuil, Pierre Bourdon e André la Fon



No dia 7 de março de 1557 chegou a Guanabara um grupo de huguenotes (calvinistas franceses) com o propósito de ajudar a estabelecer um refúgio para os calvinistas perseguidos na França. Perseguidos também na Guanabara em virtude de sua fé reformada, alguns conseguiram escapar; outros, foram condenados à morte por Villegaignon, foram enforcados e seus corpos atirados de um despenhadeiro, em 1558. Antes de morrer, entretanto, foram obrigados a professar por escrito sua fé, no prazo de doze horas, respondendo uma série de perguntas que lhes foram entregues. Eles assim o fizeram, e escreveram a primeira confissão de fé na América (ver Apêndice 2), sabendo que com ela estavam assinando a própria sentença de morte. [1]
TEXTO DA CONFISSÃO [2]
Segundo a doutrina de S. Pedro Apóstolo, em sua primeira epístola, todos os cristãos devem estar sempre prontos para dar razão da esperança que neles há, e isso com toda a doçura e benignidade, nós abaixo assinados, Senhor de Villegaignon, unanimemente (segundo a medida de graça que o Senhor nos tem concedido) damos razão, a cada ponto, como nos haveis apontado e ordenado, e começando no primeiro artigo:
I. Cremos em um só Deus, imortal, invisível, criador do céu e da terra, e de todas as coisas, tanto visíveis como invisíveis, o qual é distinto em três pessoas: o Pai, o Filho e o Santo Espírito, que não constituem senão uma mesma substância em essência eterna e uma mesma vontade; o Pai, fonte e começo de todo o bem; o Filho, eternamente gerado do Pai, o qual, cumprida a plenitude do tempo, se manifestou em carne ao mundo, sendo concebido do Santo Espírito, nasceu da virgem Maria, feito sob a lei para resgatar os que sob ela estavam, a fim de que recebêssemos a adoção de próprios filhos; o Santo Espírito, procedente do Pai e do Filho, mestre de toda a verdade, falando pela boca dos profetas, sugerindo as coisas que foram ditas por nosso Senhor Jesus Cristo aos apóstolos. Este é o único Consolador em aflição, dando constância e perseverança em todo bem.
Cremos que é mister somente adorar e perfeitamente amar, rogar e invocar a majestade de Deus em fé ou particularmente.
II. Adorando nosso Senhor Jesus Cristo, não separamos uma natureza da outra, confessando as duas naturezas, a saber, divina e humana nele inseparáveis.
III. Cremos, quanto ao Filho de Deus e ao Santo Espírito, o que a Palavra de Deus e a doutrina apostólica, e o símbolo,[3] nos ensinam.
IV. Cremos que nosso Senhor Jesus Cristo virá julgar os vivos e os mortos, em forma visível e humana como subiu ao céu, executando tal juízo na forma em que nos predisse no capítulo vinte e cinco de Mateus, tendo todo o poder de julgar, a Ele dado pelo Pai, sendo homem.
E, quanto ao que dizemos em nossas orações, que o Pai aparecerá enfim na pessoa do Filho, entendemos por isso que o poder do Pai, dado ao Filho, será manifestado no dito juízo, não todavia que queiramos confundir as pessoas, sabendo que elas são realmente distintas uma da outra.
V. Cremos que no santíssimo sacramento da ceia, com as figuras corporais do pão e do vinho, as almas fiéis são realmente e de fato alimentadas com a própria substância do nosso Senhor Jesus, como nossos corpos são alimentados de alimentos, e assim não entendemos dizer que o pão e o vinho sejam transformados ou transubstanciados no seu corpo, porque o pão continua em sua natureza e substância, semelhantemente ao vinho, e não há mudança ou alteração.
Distinguimos todavia este pão e vinho do outro pão que é dedicado ao uso comum, sendo que este nos é um sinal sacramental, sob o qual a verdade é infalivelmente recebida. Ora, esta recepção não se faz senão por meio da fé e nela não convém imaginar nada de carnal, nem preparar os dentes para comer, como santo Agostinho nos ensina, dizendo: “Porque preparas tu os dentes e o ventre? Crê, e tu o comeste.”
O sinal, pois, nem nos dá a verdade, nem a coisa significada; mas Nosso Senhor Jesus Cristo, por seu poder, virtude e bondade, alimenta e preserva nossas almas, e as faz participantes da sua carne, e de seu sangue, e de todos os seus benefícios.
Vejamos a interpretação das palavras de Jesus Cristo: “Este pão é meu corpo.” Tertuliano, no livro quarto contra Marcião, explica estas palavras assim: “este é o sinal e a figura do meu corpo.”
S. Agostinho diz: “O Senhor não evitou dizer: — Este é o meu corpo, quando dava apenas o sinal de seu corpo.”
Portanto (como é ordenado no primeiro cânon do Concílio de Nicéia), neste santo sacramento não devemos imaginar nada de carnal e nem nos distrair no pão e no vinho, que nos são neles propostos por sinais, mas levantar nossos espíritos ao céu para contemplar pela fé o Filho de Deus, nosso Senhor Jesus, sentado à destra de Deus, seu Pai.
Neste sentido podíamos jurar o artigo da Ascensão, com muitas outras sentenças de Santo Agostinho, que omitimos, temendo ser longas.
VI. Cremos que, se fosse necessário pôr água no vinho, os evangelistas e São Paulo não teriam omitido uma coisa de tão grande conseqüência.
E quanto ao que os doutores antigos têm observado (fundamen­tando-se sobre o sangue misturado com água que saiu do lado de Jesus Cristo, desde que tal observância não tem fundamento na Palavra de Deus, visto mesmo que depois da instituição da Santa Ceia isso aconteceu), nós não podemos hoje admitir necessariamente.
VII. Cremos que não há outra consagração senão a que se faz pelo ministro, quando se celebra a ceia, recitando o ministro ao povo, em linguagem conhecida, a instituição desta ceia literalmente, segundo a forma que nosso Senhor Jesus Cristo nos prescreveu, admoestando o povo quanto à morte e paixão do nosso Senhor. E mesmo, como diz santo Agostinho, a consagração é a palavra de fé que é pregada e recebida em fé. Pelo que, segue-se que as palavras secretamente pronunciadas sobre os sinais não podem ser a consagração como aparece da instituição que nosso Senhor Jesus Cristo deixou aos seus apóstolos, dirigindo suas palavras aos seus discípulos presentes, aos quais ordenou tomar e comer.
VIII. O santo sacramento da ceia não é alimento para o corpo como para as almas (porque nós não imaginamos nada de carnal, como declaramos no artigo quinto) recebendo-o por fé, a qual não é carnal.
IX. Cremos que o batismo é sacramento de penitência, e como uma entrada na igreja de Deus, para sermos incorporados em Jesus Cristo. Representa-nos a remissão de nossos pecados passados e futuros, a qual é adquirida plenamente, só pela morte de nosso Senhor Jesus.
De mais, a mortificação de nossa carne aí nos é representada, e a lavagem, representada pela água lançada sobre a criança, é sinal e selo do sangue de nosso Senhor Jesus, que é a verdadeira purificação de nossas almas. A sua instituição nos é ensinada na Palavra de Deus, a qual os santos apóstolos observaram, usando de água em nome do Pai, do Filho e do Santo Espírito. Quanto aos exorcismos, abjurações de Satanás, crisma, saliva e sal, nós os registramos como tradições dos homens, contentando-nos só com a forma e instituição deixada por nosso Senhor Jesus.
X. Quanto ao livre arbítrio, cremos que, se o primeiro homem, criado à imagem de Deus, teve liberdade e vontade, tanto para bem como para mal, só ele conheceu o que era livre arbítrio, estando em sua integridade. Ora, ele nem apenas guardou este dom de Deus, assim como dele foi privado por seu pecado, e todos os que descendem dele, de sorte que nenhum da semente de Adão tem uma centelha do bem.
Por esta causa, diz São Paulo, o homem natural não entende as coisas que são de Deus. E Oséias clama aos filho de Israel: “Tua perdição é de ti, ó Israel.” Ora isto entendemos do homem que não é regenerado pelo Santo Espírito.
Quanto ao homem cristão, batizado no sangue de Jesus Cristo, o qual caminha em novidade de vida, nosso Senhor Jesus Cristo restitui nele o livre arbítrio, e reforma a vontade para todas as boas obras, não todavia em perfeição, porque a execução de boa vontade não está em seu poder, mas vem de Deus, como amplamente este santo apóstolo declara, no sétimo capítulo aos Romanos, dizendo: “Tenho o querer, mas em mim não acho o realizar.”
O homem predestinado para a vida eterna, embora peque por fragilidade humana, todavia não pode cair em impenitência.
A este propósito, S. João diz que ele não peca, porque a eleição permanece nele.
XI. Cremos que pertence só à Palavra de Deus perdoar os pecados, da qual, como diz santo Ambrósio, o homem é apenas o ministro; portanto, se ele condena ou absolve, não é ele, mas a Palavra de Deus que ele anuncia.
Santo Agostinho, neste lugar diz que não é pelo mérito dos homens que os pecados são perdoados, mas pela virtude do Santo Espírito. Porque o Senhor dissera aos seus apóstolos: “recebei o Santo Espírito;” depois acrescenta: “Se perdoardes a alguém os seus pecados,” etc.
Cipriano diz que o servo não pode perdoar a ofensa contra o Senhor.
XII. Quanto à imposição das mãos, essa serviu em seu tempo, e não há necessidade de conservá-la agora, porque pela imposição das mãos não se pode dar o Santo Espírito, porquanto isto só a Deus pertence.
No tocante à ordem eclesiástica, cremos no que S. Paulo dela escreveu na primeira epístola a Timóteo, e em outros lugares.
XIII. A separação entre o homem e a mulher legitimamente unidos por casamento não se pode fazer senão por causa de adultério, como nosso Senhor ensina (Mateus 19:5). E não somente se pode fazer a separação por essa causa, mas também, bem examinada a causa perante o magistrado, a parte não culpada, se não podendo conter-se, deve casar-se, como São Ambrósio diz sobre o capítulo sete da Primeira Epístola aos Coríntios. O magistrado, todavia, deve nisso proceder com madureza de conselho.
XIV. São Paulo, ensinando que o bispo deve ser marido de uma só mulher, não diz que não lhe seja lícito tornar a casar, mas o santo apóstolo condena a bigamia a que os homens daqueles tempos eram muito afeitos; todavia, nisso deixamos o julgamento aos mais versados nas Santas Escrituras, não se fundando a nossa fé sobre esse ponto.
XV. Não é lícito votar a Deus, senão o que ele aprova. Ora, é assim que os votos monásticos só tendem à corrupção do verdadeiro serviço de Deus. É também grande temeridade e presunção do homem fazer votos além da medida de sua vocação, visto que a santa Escritura nos ensina que a continência é um dom especial (Mateus 15 e 1 Coríntios 7). Portanto, segue-se que os que se impõem esta necessidade, renunciando ao matrimônio toda a sua vida, não podem ser desculpados de extrema temeridade e confiança excessiva e insolente em si mesmos.
E por este meio tentam a Deus, visto que o dom da continência é em alguns apenas temporal, e o que o teve por algum tempo não o terá pelo resto da vida. Por isso, pois, os monges, padres e outros tais que se obrigam e prometem viver em castidade, tentam contra Deus, por isso que não está neles o cumprir o que prometem. São Cipriano, no capítulo onze, diz assim: “Se as virgens se dedicam de boa vontade a Cristo, perseverem em castidade sem defeito; sendo assim fortes e constantes, esperem o galardão preparado para a sua virgindade; se não querem ou não podem perseverar nos votos, é melhor que se casem do que serem precipitadas no fogo da lascívia por seus prazeres e delícias.” Quanto à passagem do apóstolo S. Paulo, é verdade que as viúvas tomadas para servir à igreja, se submetiam a não mais casar, enquanto estivessem sujeitas ao dito cargo, não que por isso se lhes reputasse ou atribuísse alguma santidade, mas porque não podiam bem desempenhar os deveres, sendo casadas; e, querendo casar, renunciassem à vocação para a qual Deus as tinha chamado, contudo que cumprissem as promessas feitas na igreja, sem violar a promessa feita no batismo, na qual está contido este ponto: “Que cada um deve servir a Deus na vocação em que foi chamado.” As viúvas, pois, não faziam voto de continência, senão porque o casamento não convinha ao ofício para que se apresentavam, e não tinha outra consideração que cumpri-lo. Não eram tão constrangidas que não lhes fosse antes permitido casar que se abrasar e cair em alguma infâmia ou desonestidade.
Mas, para evitar tal inconveniência, o apóstolo São Paulo, no capítulo citado, proíbe que sejam recebidas para fazer tais votos sem que tenham a idade de sessenta anos, que é uma idade normalmente fora da incontinência. Acrescenta que os eleitos só devem ter sido casados uma vez, a fim de que por essa forma, tenham já uma aprovação de continência.
XVI. Cremos que Jesus Cristo é o nosso único Mediador, intercessor e advogado, pelo qual temos acesso ao Pai, e que, justificados no seu sangue, seremos livres da morte, e por ele já reconciliados teremos plena vitória contra a morte.
Quanto aos santos mortos, dizemos que desejam a nossa salvação e o cumprimento do Reino de Deus, e que o número dos eleitos se complete; todavia, não nos devemos dirigir a eles como intercessores para obterem alguma coisa, porque desobedeceríamos o mandamento de Deus. Quanto a nós, ainda vivos, enquanto estamos unidos como membros de um corpo, devemos orar uns pelos outros, como nos ensinam muitas passagens das Santas Escrituras.
XVII. Quanto aos mortos, São Paulo, na Primeira Epístola aos Tessalonicenses, no capítulo quatro, nos proíbe entristecer-nos por eles, porque isto convém aos pagãos, que não têm esperança alguma de ressuscitar. O apóstolo não manda e nem ensina orar por eles, o que não teria esquecido se fosse conveniente. S. Agostinho, sobre o Salmo 48, diz que os espíritos dos mortos recebem conforme o que tiverem feito durante a vida; que se nada fizeram, estando vivos, nada recebem, estando mortos.
Esta é a resposta que damos aos artigos por vós enviados, segundo a medida e porção da fé, que Deus nos deu, suplicando que lhe praza fazer que em nós não seja morta, antes produza frutos dignos de seus filhos, e assim, fazendo-nos crescer e perseverar nela, lhe rendamos graças e louvores para sempre. Assim seja.
Jean du Bourdel, Matthieu Verneuil, Pierre Bourdon, André la Fon.

--------------------------------------------------------------------------------
* Extraído de Paulo R. B. Anglada, Sola Scriptura: A Doutrina Reformada das Escrituras (São Paulo: Editora Os Puritanos, 1998), 190-197.
[1] O relato da história dos mártires huguenotes no Brasil, bem como a Confissão de Fé que escreveram, encontra-se no livro A Tragédia da Guanabara: História dos Protomartyres do Christianismo no Brasil, traduzido por Domingos Ribeiro; de um capítulo intitulado On the Church of the Believers in the Country of Brazil, part of Austral America: Its Affliction and Dispersion, do livro de Jean Crespin: l’ Histoire des Martyres, originalmente publicado em 1564. Este livro, por sua vez, é uma tradução de um pequeno livro: Histoire des choses mémorables survenues en le terre de Brésil, partie de l’ Amérique australe, sous le governement de N. de Villegaignon, depuis l’ an 1558, publicado em 1561, cuja autoria é atribuída a Jean Lery, um dos huguenotes que vieram para o Brasil em 1557, o qual também publicou outro livro sobre sua viagem ao Brasil: Histoire d’an voyage fait en la terre du Brésil.
[2] O texto foi transcrito de Jean Crespin, A Tragédia da Guanabara; História dos Protomartyres do Christianismo no Brasil, 65-71. O português antigo de Domingos Ribeiro (o tradutor) foi atualizado.
[3] Uma referência ao Credo Apostólico.


461 ANOS DO PRIMEIRO CULTO PROTESTANTE NO BRASIL

Em 07/03/1557, após Villegaignon solicitar a Calvino que envie pastores ao Brasil, chega no Forte Coligny, na Baía da Guanabara-RJ, um grupo de huguenotes (protestantes franceses), dois pastores (Pierre Richier e Guillaume Chartier) e refugiados vindos de Genebra.
Em 10/03/1557 celebram o 1º culto protestante em solo brasileiro.
461 anos já se passaram, Deus seja louvado!

UM POUCO DA NOSSA HISTÓRIA

E tudo começou...
Há 33 anos. Deus inspirou um servo Seu para a idealização de um grande projeto: A Congregação Presbiteriana do Jenipapo. Tratava-se de um projeto vindo da parte de Deus para os seus servos do Povoado Jenipapo que desejavam ter um local de culto em sua comunidade. Muitas lutas, erguida em meio a grandes dificuldades, renúncias e amor foram marcas deste projeto. Por meio do Presbítero Gilberto da Igreja Presbiteriana de Lagarto, homem de Deus, de saudosa memória, que não mediu esforços para concluir o sonho que de antemão Deus já havia plantado em seu coração. Um exemplo de fé e coragem. Homem de grandes objetivos, sempre foi destacado por seu zelo e dedicação na obra do Senhor. Somos uma Igreja comprometida com a Palavra de Deus, seguindo a fé cristã reformada, embasados numa doutrina calvinista que remonta dos primórdios da Reforma Protestante, que prega a sã doutrina, com o intuito de anunciar as boas novas de salvação a todas as pessoas. Temos um forte trabalho com as crianças, um bom departamento infantil que cresce cada vez mais. Estamos ligados à Igreja Presbiteriana de Lagarto, sob a orientação do Rev. Natanael Félix. Passaram vários obreiros nesses 33 anos, que contribuíram para o bom andamento da obra do Senhor. Atualmente, a Congregação Presbiteriana do Jenipapo está sob a liderança do Missionário Rildo Ribeiro da Silva, Bth pela Faculdade Teológica Evangélica do Recife e o Curso de Preparação de Obreiros CPO/NE Curso de Nível Médio ministrado no Instituto Bíblico do Norte na cidade de Garanhuns – PE por professores presbiterianos de renome nacional. Atualmente estuda Bacharelado em Teologia no Seminário Teológico Batista Sergipano - SETEBASE.

sábado, 10 de março de 2018

BREVE COMENTÁRIO DO CAPÍTULO VII DA CONFISSÃO DE FÉ DE WESTMINSTER – DO PACTO DE DEUS COM O HOMEM



DO PACTO DE DEUS COM O HOMEM

Seção I
Tão grande é a distância entre Deus e a criatura, que, embora as criaturas racionais lhe devam obediência como ao seu Criador, nunca poderiam fruir nada dele como bem-aventurança e recompensa, senão por alguma voluntária condescendência da parte de Deus, a qual foi ele servido significar por meio de um pacto.

De início vemos temos que partir com alguns pressupostos tais como: A transcendência do Senhor Deus; A limitação humana com respeito ao seu relacionamento com Deus que é totalmente dependente da Revelação; A mediação de Cristo; A Revelação de Deus para o homem sem a qual o ser humano jamais poderia conhecer qualquer verdade sobre a vontade do Senhor apesar da revelação natural;[1] o dever que o homem tem de cultuar ao Senhor. É importante ressaltar esses pontos, pois eles entre outros compõe a cosmovisão dos autores desse documento. Vamos ao comentário da seção I:
Deus é o totalmente outro. Esta verdade é conhecida por quase todas as religiões,[2] pode não ser tão bem formulado assim, e normalmente não é, mas ninguém escapa de tal realidade, por causa da mente pecaminosa do ser humano ele tenta fugir disso usando de uma religião que é fruto de sua imaginação ou até mesmo negando, mas uma coisa é certa não podemos escapar ilesos a essa verdade. Se observarmos bem “Deus é o totalmente outro” tal sentença gera no homem angústia e desespero pois não podemos de forma alguma “ir” até Ele, o Senhor está distante sem qualquer possibilidade de fluirmos bem algum Dele, esse é exatamente o sentimento observado no mundo moderno ou melhor em todas as eras, mas o Niilismo moderno deu uma significação filosófica a esse sentimento que o homem caído tem e quando adentra a esfera da teologia destrói qualquer possibilidade de significação da Revelação. Um dos resultados foi a chamada teologia liberal clássica hoje em desuso (será?), que foi combatida por vários teólogos entre eles o conhecidíssimo Karl Barth que fez frente ao niilismo teológico, luta iniciada com o seu comentário da carta de Paulo aos Romanos, “O Deus da Epístola aos Romanos é o Deus absconditus, o totalmente Outro (das ganz Andere), conceito que Barth extrai de Rudolf Otto, inserindo-o, porém, não em um contexto fenomenológico, e sim teológico. Nenhum caminho vai do homem a Deus: nem a vai da experiência religiosa (Scheleirmacher), nem a da história (Troeltsch), e tampouco uma via metafísica; o único caminho praticável vai de Deus ao homem e se chama Jesus Cristo.”[3]
Através de Cristo e só por Ele somos resgatados de tão horrível situação há única solução para o distanciamento de Deus e sua criatura é o Pacto estabelecido entre Criador e criatura que é mediado por Cristo O Agente pactual.[4] É justamente isso que os nossos pais na fé tinham em mente quando afirmaram a seção I, que o homem em seu estado natural não pode estabelecer qualquer tipo de comunhão com Deus, tendo em si mesmo a semente da religião,[5] deve obediência e culto ao seu Criador sentindo-se o homem impelido à adoração, constrói meios de acesso Deus Criador, mas por não contar com uma revelação proposicional, não pode encontrar elementos que o direcione a culto que possa satisfazer a vontade de Deus, comete idolatria, pois utiliza apenas o dados sensíveis da criação e a interpreta a luz de sua realidade caída, ele adora apenas a um deus que é apenas uma projeção do seus ser, o homem natural adora a si mesmo e em sua arrogância o chama de deus, colhendo frutos terríveis de idolatria; morte e ainda mais confusão, Deus de forma condescendente estabeleceu o pacto para que possa o homem que é resgatado fluir de bem-aventurança e recompensa.

Seção II e III
O primeiro pacto feito com o homem era um pacto de obras; nesse pacto foi a vida prometida a Adão e nele à sua posteridade, sob a condição de perfeita obediência pessoal.
O homem, tendo-se tornado pela sua queda incapaz de vida por esse pacto, o Senhor dignou-se fazer um segundo pacto, geralmente chamado o pacto da graça; nesse pacto ele livremente oferece aos pecadores a vida e a salvação por Jesus Cristo, exigindo deles a fé nele para que sejam salvos; e prometendo dar a todos os que estão ordenados para a vida o seu Santo Espírito, para dispô-los e habilitá-los a crer.

O termo “pacto de obras” tem levantado certos questionamento ao longo dos séculos, foi o teólogo puritano inglês Dudley Fenner (1558-1587) mais tarde sendo convertido para o latim foedus operum,[6]foi com Thomas Cartwringht(1535-1603), que posteriormente ensina essa doutrina no continente sendo cristalizada nos símbolos de fé reformados do século 17.[7] O pacto de obras tem despertado certos questionamentos ao longo desse tempo, as opiniões variam desde defesa até a completa negação.[8] Mas vale ressaltar que o fé cristã tornaria sem sentido se o pacto de obras não fosse uma realidade tanto no passado com Adão quanto com os seus descendentes.
A violação do pacto das obras, por Adão e Eva, tornou as promessas do pacto inacessíveis aos seus descendentes. Essas promessas foram canceladas por Deus, o qual não pode aviltar Seu padrão da lei, redistribuindo o pacto das obras para creditar a injustiça do homem caído. Entretanto, o cancelamento divino não anula a demanda de Deus por obediência perfeita. Antes, em razão da estabilidade da promessa de Deus e de sua lei, o pacto das obras se torna efetivo em Cristo, o perfeito cumpridor da lei. Ao cumprir todas as condições do pacto da graça, Cristo cumpriu todas as condições do pacto das obras.[9]
Vemos que a verdade do pacto das obras é fundamental para entendermos a obra substitutiva de Cristo, Paulo torna ainda mais evidente isso em sua carta aos Romanos (Rm 5.12-21). Por isso é fundamental dependermos do nosso Senhor Jesus, que obedece as cláusulas da lei de forma perfeita, já Adão e seus descendentes não cumpriram os termos do acordo, sendo a vida recebida pela obediência do nosso Representante Maior; Cristo, Deus cumpre a promessa de dar vida em Cristo. Toda glória ao Deus bendito.

Seção IV
Este pacto da graça é frequentemente apresentado nas Escrituras pelo nome de Testamento, em referência à morte de Cristo, o testador, e à perdurável herança, com tudo o que lhe pertence, legada neste pacto.[10]
Seção V e VI
Este pacto no tempo da Lei não foi administrado como no tempo do Evangelho. Sob a Lei foi administrado por promessas, profecias, sacrifícios, pela circuncisão, pelo cordeiro pascoal e outros tipos e ordenanças dadas ao povo judeu, prefigurando, tudo, Cristo que havia de vir; por aquele tempo essas coisas, pela operação do Espírito Santo, foram suficientes e eficazes para instruir e edificar os eleitos na fé do Messias prometido, por quem tinham plena remissão dos pecados e a vida eterna: essa dispensação chama-se o Velho Testamento.
Sob o Evangelho, quando foi manifestado Cristo, a substância, as ordenanças pelas quais este pacto é dispensado são a pregação da palavra e a administração dos sacramentos do batismo e da ceia do Senhor; por estas ordenanças, posto que poucas em número e administradas com maior simplicidade e menor glória externa, o pacto é manifestado com maior plenitude, evidência e eficácia espiritual, a todas as nações, aos judeus bem como aos gentios. É chamado o Novo Testamento. Não há, pois, dois pactos de graça diferentes em substância, mas um e o mesmo sob várias dispensações.

Poderíamos chamar essas duas seções de promessa e cumprimento, no sentido de que vemos o desenvolvimento progressivo da revelação acontecer ao longo do Antigo Testamento. Essas duas seções ensinam que há um só pacto que é administrado de modos diferentes ao longo da revelação bíblica, na economia da aliança novos elementos são acrescentados sem desmentir os elementos anteriores, um exemplo disso é a circuncisão que no antigo testamento era o sinal externo de uma realidade espiritual este sacramento hoje na nova aliança é administrado sob a forma de batismo ampliando assim sua aplicabilidade que antes era restrita aos homens.
Na medida do progresso da revelação e desenvolvimento da aliança vemos cada vez mais luz sendo lançada,[11] há um só pacto que é desenvolvido sucessivamente e plenamente revelado em Cristo.[12]

Conclusão

A doutrina do pacto é sem dúvida uma das mais belas de toda Bíblia, ela revela aspectos importantes do caráter de Deus e de como Ele se compadeceu de suas criaturas revelando amor e misericórdia ao seu povo, e como Ele tomou a iniciativa em relacionar-se conosco.

Bibliografia
BEEKE, Joel R. e JONES Mark. A Puritan Theology, Grand Rapinds: Reformation Heritage books, 2012, 1054 p.
COENEN, Lothar e BROWN, Colin(orgs). Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento 2ªed vol 1, São Paulo: Vida Nova, 2007, 1360p.
DOUGLAS, J. D.(org). O Novo Dicionário da Bíblia 3ªed, São Paulo: Vida Nova, 2006, 1397p.
EICHRODT, Walther. Teologia do Antigo Testamento, São Paulo: Hagnos, 2004, 966p.
HARRIS, R. Laird (org). Dicionário Internacional de Teologia do Antigo Testamento, São Paulo: Vida Nova, 1998, 1789p.
HODGE, A. A. Confissão de Fé de Westminster comentada por A. A. Hodger 3ªed, São Paulo: Os Puritanos, 2010, 596p.
KITTEL, Gerhard e FRIEDRICH, Gerhard(orgs). Dicionário Teológico do Novo Testamento vol 1, São Paulo: Cultura Cristã, 2013, 768p.
ROBERTSON, O Palmer. O Cristo dos Pactos 2ªed, São Paulo: Cultura Cristã, 2011, 240p.
TURRETINI, François. Compêndio de Teologia Apologética vol 2, São Paulo: Cultura Cristã, 2011, 864p.
VANGEMERAN, Willem A.(org). Novo Dicionário Internacional de Teologia e Exegese do Antigo Testamento, São Paulo: Cultura Cristã, 2011, 1168p.
Notas de rodapé
[1] Vide seção I capítulo 1 CFW.
[2] Há religiões onde há uma confusão/mistura entre o aspecto transcendente e imanente do ser divino não é muito bem distinguido tais como as religiões animistas, panteístas, paneteístas. De alguma forma o ente divino que é transcendente se harmoniza ao eixo da estrutura da criação não possibilitando uma distinção essencial entre a divindade e o “deus”, por isso a frase “tudo é deus”, essa frase demonstra uma contradição lógica, posso demonstra uma delas: quando falamos que um ente “É” esse mesmo ente não pode por definição estar dentro do eixo estrutural do tempo e sofrer modificação de qualquer natureza, um ente não pode estar num fluxo do devir e na mesma realidade “É”. Para um maior entendimento da matéria ver o artigo : “A insustentável Irrelevância do Ser”, autor: Edson Matias.
[3] GIBELLINI, Rosino, A Teologia do Século XX, 2a. ed. São Paulo: Edições Loyola, 2002, p. 21.
[4] Ao longo da Revelação, Deus escolheu vários agentes pactuais os quais foram os quais tipifica o Cristo. Mais na frente será tratado mais detalhadamente desse assunto.
[5] Para mais explicação sobre o tema ler: Institutas 1.III.I; Rm 1.19; 2.14-16.
[6] BEEKE, Joel R.; JONES MARK, A Puritan Theology, Grand Rapids: Reformation Heritage Books, 2012, p. 218.
[7] Ibid.
[8] Por se tratar de um trabalho introdutório não será tratado aqui o desenvolvimento da doutrina, tal análise será feita de forma detalhada em uma posterior monografia do mesmo autor.
[9] BEEKE, Joel, Espiritualidade Reformada, são José dos campos: Fiel, 2014, p. 445.
[10] Para mais detalhes ver introdução, essa seção trata basicamente da nomenclatura.
Edson Matias

terça-feira, 6 de março de 2018

ANIVERSÁRIO DA SAJ/JENIPAPO

Está chegando o dia!!! É 17 de Março. Aguardamos a todos para a celebração de mais um aniversário da nossa SAF. Confirmada a presença do Grupo Vida Abundante. Nossos amados estarão conosco celebrando o nosso Deus. Todos estão convidados. Será um dia de grandes bênçãos. Participações da C.P. Jenipapo, IPB Lagarto, C.P. Nova Descoberta, entre outros. Não fique de fora, venha unir-se a nós neste dia de louvor e adoração ao nosso grande Deus.

domingo, 4 de março de 2018

FEDERAÇÃO DE SAFs DO PRESBITÉRIO SUL DE SERGIPE

A IPB Lagarto realizou mais uma Reunião da Federação de SAFs do Presbitério Sul de Sergipe. A SAF/Jenipapo esteve representada na pessoa de sua presidente, irmã Rejane Corcino. Deus continue abençoando o trabalho de Suas Auxiliadoras.


11º ANIVERSÁRIO DA CONGREGAÇÃO PRESBITERIANA DA COLÔNIA TREZE

Foi um momento muito especial poder estar com os irmãos na Congregação da Colônia Treze. Culto mui abençoado. Parabéns aos amados que militam a boa luta da fé.



quinta-feira, 1 de março de 2018

DENTISTA ITINERANTE

Hoje tivemos um dia muito especial em nossa Igreja. Aconteceu o Projeto Dentista Itinerante, uma obra social que abençoou a comunidade do Povoado Jenipapo. Foi uma bênção. Tivemos palestras e serviços diversos. A Deus toda gratidão pela vida dos seus servos Dra. Idiana, Dra. Daniela e Rebeca. PARABÉNS a todos que contribuíram para a realização dessa obra.