quarta-feira, 15 de novembro de 2017

POEMA DA REFORMA PROTESTANTE

Poema da Reforma Protestante

Eis um período nebuloso, de apostasia e densas trevas,
Assim foi o século dezesseis com o monopólio da religião,
Quando o clero dominante impunham suas próprias regras,
Suplantavam as Escrituras enganando a multidão.
Ávidos, sedentos pelo poder fizeram aliança política,
Juncados no mesmo desejo numa manifestação carnal,
A Igreja de Roma se envaideceu numa eclesiologia lúbrica,
Com a anuência do Estado num projeto colossal.
Mas, em trinta e um de Outubro de mil quinhentos e dezessete,
Eis que surge um atalaia em Nome do Senhor dos Exércitos,
Conhecido como Martinho Lutero; mas soou como voz celeste.
Desafiando os ouvintes à mensagem bíblica, e não aos clérigos.
Ele pagou um alto preço por sustentar suas teses e convicções, E na Igreja de Wittenberg deu-se início à Reforma Protestante,
Não foi sem vilipêndios e hostis ataques em que pregou seus sermões,
Pois sua árdua missão pode ser comparado a Davi e ao gigante.
Lutero não foi o único a desbravar ardil império,
Outrora, John Huss e Wycliffe aludiram a essência do Evangelho,
Prenunciando urgente reforma, mesmo diante de tal vitupério,
Foram obedientes e fiéis à voz do Maravilhoso Conselheiro.
Outros foram os atalaias com afinco na Missão ulterior,
Calvino na Suíça, John Knox na Escócia, todos a serviço do General,
Sistematizando a doutrina e liturgia do culto, para glória de Nosso Senhor,
Com erudição e saber do Espírito Santo, se abstendo de toda forma do mal.
Em tal proeza surgiu, o presbiterianismo em seus primórdios,
Radicados somente na graça de Deus, revelado nas Escrituras,
Mediante a fé em Cristo, isento de ensinamentos espúrios.
Para a glória de Deus, e o bem de gerações futuras.
Esse evento histórico completa seus quinhentos anos,
Como divisor d’águas, no contexto do cristianismo;
Foi além de um manifesto, foi genuíno e cristão de austeros ânimos,
Fiel à Palavra e distinto no ensino, sem dar margem ao ecumenismo.
É preciso resgatar com perspicácia, a mensagem de avivamento,
Pois muitos são os que comemoram essa data tão esplêndida,
Como se fossem apologetas da verdade, e de tal portento.
Faz mister destilar o joio do trigo dessa era repentina.
Vamos todos sem tardança, abraçar a Causa Nobre,
O pendão do Evangelho proclamar em sua essência,
Expedir um Manifesto à luz das Escrituras, tanto a ricos quanto a pobres,
Pois o Dia se aproxima! Ai daquelas igrejas ou de crentes em sua indiferença.

- Rev. Sidnei dos Santos

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